domingo, 12 de julho de 2009

Sem Verbo

Céu cinzento
Sem sol
Sem raios multicolores.
Minha casa sob essa mórbida paisagem.
A vida em busca de um significado
expressivo para sua existência.
Sonoridades ofegantes e dissonantes
como a saudade de um choro de paixão
em contraste com os ruídos das crianças
alegres com a queda d'água oriunda
da negras e pesadas nuvens.
Um caderno, um pena, um tinteiro.
Toda a melancolia da solitária companhia de ninguém.
Violão sem cordas,
boca sem voz.
Branco: tez vespertina;
Palidez do rosto.
O sarcasmo da noite chuvosa,
calabouço sem fim.
Ausência de rima no verso,
de alguém ao meu lado.
Só um poema vago com este.
Fotocópia fiel da triste realidade
da imagem desse quase nada.
Sem métrica
Sem música
Sem vida
Sem verbo.

.vernon bitu.

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